Bloco de Esquerda explicou voto contra o orçamento
Concelho
O Bloco de Esquerda (BE) comunicou ontem, em conferência de imprensa, no largo da República em frente à Câmara Municipal de Oliveira de Azeméis, na voz do deputado Nélson Peralta, que o partido “decidiu por unanimidade votar contra o Orçamento de Estado” por não responder à crise pandémica.
Nélson Peralta sublinhou que “em 2021, o único ano em que a União Europeia não exige, aos países, o cumprimento de um défice, Portugal tem dos orçamentos mais conservadores de toda a Europa”, nomeadamente na resposta às necessidades do Serviço Nacional de Saúde (SNS), uma vez em que ainda estão em falta as 4200 contratações previstas no orçamento de estado de 2020 em que “o Governo não as efetivou”. O BE acredita que este orçamento pode ainda agravar a situação do SNS, impossibilitando a capacidade deste perante uma pandemia. Quanto ao orçamento suplementar para fazer face às questões da pandemia, “este Orçamento propõe menos dinheiro para o SNS daquilo que previa, são menos 100 milhões de euros”, disse.
Outro fator destacado pelo deputado é a empregabilidade, onde o partido adianta que “não há uma vontade do Governo do PS em proibir os despedimentos em empresas com lucros ou que vão receber apoios”, indicando que este orçamento não protege “os trabalhadores que estejam em situações mais precárias nos seus postos de trabalho” para que possam garantir o seu posto de emprego.
O BE vai ainda mais longe e refere que o Orçamento delineado “não dá resposta ao apoio social para quem perdeu tudo”, nomeando proposta de garantias de “apoios para que essas pessoas” não vivam no limiar da pobreza. Em contrapartida, considera que “o que está previsto para o Novo Banco” não corresponde a um apoio para uma organização social e que a banca devia ser responsável pela sua própria dívida.
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