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Correio de Azeméis

19 Jan 2021

Campus será “um dos maiores investimentos”

Concelho

A indústria é o centro do novo Campus Universitário, que está a ser projetado no Cercal, junto às instalações da Escola Superior Aveiro Norte (ESAN). Para além de enriquecer o território, reforçará a presença da Universidade de Aveiro, com um polo que contemplará não só o conhecimento dos alunos como também as empresas que dali queiram surgir ou implementar-se. O novo Campus universitário “será determinante para o concelho que queremos para o futuro”, disse ao Correio de Azeméis o presidente da Câmara Municipal de Oliveira de Azeméis, Joaquim Jorge, frisando que este será "um dos maiores investimentos” alguma vez vistos no concelho. Para além da insuficiência de respostas que a escola fornece, “há também a necessidade de dar um passo em frente com outras respostas com mais ambição”, referiu Joaquim Jorge. “Passa por termos grandes laboratórios que servem sobretudo as empresas da região”, explicou. “Teremos a conjugação de duas coisas muito importantes, no plano académico e industrial”, declarou o autarca, afirmando que o polo permitirá aos alunos contactarem com equipamentos e tecnologias inovadoras. Já na vertente empresarial, o edil adiantou que as vantagens são enormes porque o Campus universitário dará origem a “recursos humanos melhores formados e capacitados”. As empresas terão, ainda, a oportunidade de celebrar acordos de cooperação para investigação e “experimentação de soluções que se adequem às necessidades” das empresas, esclareceu o edil. “Estamos a apresentar aos nossos parceiros e instituições o projeto”, adiantou Joaquim Jorge, vincando que a Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional Norte (CCDR-N) é uma dessas entidades, tendo o seu presidente, António Cunha, visitado recentemente o concelho, com o intuito de ser sensibilizado para a sua importância, dado que é o responsável pelos fundos comunitários. O projeto será, portanto, candidato ao quadro comunitário de apoio de 2021 a 2027. A estimativa orçamental é de 50 milhões de euros, mas a sua concretização dependerá do financiamento conseguido. Serão acrescentados dez edifícios aos já existentes Os edifícios a serem contruídos terão várias valências. Seguindo a imagem apresentada, do projeto os pontos: 1 e 2: Projeto de Interesse Estratégico Regional, onde são desenvolvidos projetos importantes para toda a região; 3: Acolhimento de inovação empresarial, onde os empreendedores terão a possibilidade de incubar e iniciar o seu projeto; 4: Empreendedorismo e incubadora estudantes, para poderem ingressar no mundo empresarial; 5: Fábrica do Futuro, com todas as tecnologias necessárias para a capacitação do tecido económico; 6: Design and Management Business School; 7: Restaurante, Anfiteatro e Serviços centrais; 8: Loja Universidade de Aveiro, Papelaria, Cantina, Lavandaria; 9: Aldeia estudantil, Residências, Desporto; 10: Blue Room. Empreendedores optam por concelho vizinho Dada a falta de equipamentos no concelho de Oliveira de Azeméis para o empreendedorismo e a criação da própria empresa, alguns empreendedores acabaram por partir para concelhos vizinhos à procura de oportunidades e condições que lhes permitissem incubar o negócio. Diogo Fontes, arquiteto, instalou-se em S. João da Madeira, na Oliva, porque “aqui não há nenhuma incubadora de empresas”. Atualmente, encontra-se na Sanjotec e é sócio de um gabinete com foco na “obra e reabilitação de edifícios e obra de raiz”. Quanto à possibilidade de voltar ao seu concelho, o arquiteto admite que “dependeria de uma série de condicionantes”, entendendo que o município conseguiria implementar incubadoras com “preços mais aliciantes” do que outros concelhos. Nuno Valente, dono de uma empresa tecnológica alojada também na Sanjotec, procurou informar-se junto da autarquia e da ESAN se existiam, de facto, incubadoras no concelho. “Da parte da Câmara, o que me responderam é que tinham um centro de negócios que ainda não estava pronto, havia a ideia de seguir para a frente com o projeto mas que havia alguns problemas burocráticos por resolver”, afirmou. “De alguma forma sempre quis ficar no concelho. Se surgisse essa possibilidade, a ideia seria voltar”, concluiu.

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