COVID-19: Há mortos em Oliveira de Azeméis?

A pergunta que mais suscita curiosidade entre a população oliveirense, dado o contexto atual que se vive, devido ao vírus SARS-CoV-2, é relativa à existência de mortes, resultado do vírus, no concelho. Após várias intervenções em reuniões camarárias, o próprio presidente da Câmara Municipal, Joaquim Jorge, já admitiu, por diversas vezes, que não tem acesso a essa informação, dado que esses dados não são disponibilizados pelas Autoridades de Saúde Local, responsável pelos concelhos de Oliveira de Azeméis (OAZ), Vale de Cambra (VLC) e São João da Madeira (SJM). “Tenho dito muitas vezes que essa informação não nos é disponibilizada pelo delegado de saúde local”, repetiu o presidente da Câmara ao adiantar que os concelhos abrangidos pelo mesmo delegado de saúde não têm, nem disponibilizam, essa informação de igual forma. Apesar da autarquia tentar obter essa informação, não consegue qualquer resposta. “A única [informação] que nos é disponibilizada é aquela que disponibilizamos à população e à comunicação social”, acrescentou o edil. No entanto, Joaquim Jorge afirmou que seria vantajoso que a comunicação feita “fosse uniforme para todos os concelhos do país”, o que não acontece. “Existem concelhos que têm essa informação e outros que não têm, o que cria um enorme embaraço para os concelhos que não conseguem disponibilizar essa informação”, adiantou o presidente ao afirmar que “não faz sentido” e que “gera desconfiança na população”, disse. No caso, concelhos vizinhos, tais como Espinho, Ovar, Estarreja e Arouca, conseguem aceder e facultar todos os dados às suas populações. Uma outra situação semelhante à dos concelhos de OAZ, VLC e SJM, são os de Santa Maria da Feira e Albergaria-a-Velha, mostrando a discrepância de acessos, entre concelhos, sobretudo sob a regência da Administração Regional de Saúde do Norte I.P. (ARSN). “Já comuniquei essa situação à Administração Regional de Saúde do Norte, já demonstrei o nosso descontentamento e o nosso desconforto e essa situação mantém-se”, referiu Joaquim Jorge. Após contactar o delegado de saúde, responsável pela equipa a operar nestes três concelhos, o mesmo adiantou que não teria autorização para responder a qualquer pergunta sem consentimento da ARS Norte. O Correio de Azeméis tentou contactar a mesma de várias formas, ao que, até à data de fecho de edição, não obteve qualquer resposta.