Em
Correio de Azeméis

16 Mar 2021

Marco divisório de Fajões danificado

Fajões

Fotografia do marco cedida ao Correio de Azeméis pelo presidente da direção da Casa Museu Regional de Oliveira de Azeméis, Samuel Oliveira O marco divisório de Fajões com Escariz, junto às Alminhas da Terrenha, partiu aquando a manutenção de um terreno no âmbito das obras de acesso à A32. Este marco, uma pedra característica, foi recolhido para o estaleiro da empreitada da variante de acesso Arouca-Feira. Marta Cabral “No final destas obras de acesso à A32, o marco será reposto no local”, explicou o presidente da Junta de Freguesia de Fajões, Óscar Teixeira, em declarações ao Correio de Azeméis. “Não será colocado neste momento porque, no decorrer da manutenção dos terrenos, é possível que este marco seja de novo danificado”, esclareceu. Desde 1672 que o marco divisório de Fajões com Escariz existe e, para a Junta de Freguesia, a sua importância é inegável, uma vez que este símbolo “antigo” separa o concelho de Oliveira de Azeméis do concelho de Arouca. A história das freiras que delimitaram Fajões Ao Correio de Azeméis, o presidente da direção da Casa Museu Regional de Oliveira de Azeméis, Samuel Oliveira, contou a história da origem do marco divisório de Fajões com Escariz. A 07 de novembro de 1068 da Era Cristã, o presbítero Auderigus doou ao presbítero Bermudo, seu discípulo e neto, todos os bens civis herdados dos seus avós e dos seus pais, Praolius e Gualavara; a ‘villa fagiones’ e a sua Igreja de São Martinho, situada abaixo do Monte Crasto Calvo e Monte Celo, por onde correm os rios Antuã e Ul (documento 470 do P.M.H.). Em fevereiro de 1179 da Era Cristã, a descendente daqueles ricos possuidores, Gontima Goterri, seus filhos e netos, doaram às freiras de São Bento do Mosteiro de Rio Tinto (Gondomar) os bens civis e a Igreja de Fajões, herdada pelos seus antepassados. Em 1540, as freiras do Mosteiro de Rio Tinto, donatárias da Igreja de Fajões e do seu território, passaram a residir no novo convento beneditino construído no tempo de D. Manuel I do Porto (atualmente é a estação de S. Bento, na cidade do Porto). São estas freiras do convento de São Bento da Avé Maria do Porto que, em 1672, cumprindo o determinado pelas Constituições Diocesanas e para acautelar os seus bens e direitos, delimitaram a freguesia de Fajões desde Escariz, Carregosa e Cesar com marcos de pedra que têm (tinham) gravada a data de 1672 e o báculo, símbolo do seu poder, que usava a abadessa do Convento de São Bento da Avé Maria do Porto, padroeira e senhora da igreja e paróquia de Fajões (Samuel Bastos Oliveira, freguesia de Fajões, em 2018). O marco, situado numa parede divisória de dois matos em São Mamede, de frente às Alminhas da Terrenha, é um desses exemplares que demarcava a freguesia de Fajões de Escariz e Romariz da Feira. Infelizmente, estes marcos divisórios foram “desaparecendo por ganância dos povos” que os utilizaram para outros fins e “alimentaram a sua ambição” de anexar território de Fajões às suas terras.

Partilhar nas redes sociais

Comente Aqui!









Últimas Notícias
Van Zee e Nininho Vaz Maia são as duas mais recentes confirmações para o 37.20
27/03/2024
ULS Entre Douro e Vouga com nova viatura de emergência e reanimação
27/03/2024
Lançamento da primeira pedra será feito no próximo dia 06 de abril
27/03/2024
Trânsito condicionado devido ao Azeméis CUP 2024
27/03/2024
Inscrições abertas para voluntariado no Mercado à Moda Antiga
27/03/2024
Estar ‘AWARE’ da sua saúde
25/03/2024
ONG ajuda mulheres empreendedoras
25/03/2024
25 Mazdas MX5 juntaram-se no Parque La Salette
25/03/2024