Partidos analisam resultados concelhios

Análise dos resultados eleitorais
“Os resultados são bastante positivos para o PS, que obteve maioria absoluta e no concelho reforçou a votação de 2019. Os votos aumentaram devido à diminuição da abstenção. O Bruno Aragão é novamente eleito por Aveiro, o que é bastante positivo, por ser de Ol. de Azeméis e pelo grande trabalho que todos lhe reconhecem.” 
Vasco Alves, PS 

“Os resultados no concelho seguem a tendência a nível nacional. Para o PSD ficam aquém das expectativas. Sabíamos que havia a possibilidade de vencer, mas também de perder. Mas o que aconteceu no concelho foi o que aconteceu um pouco por todo o país. O PS conseguiu apelar ao voto útil da esquerda e o PSD não conseguiu chamar a si esse mesmo voto útil da direita.”
Nuno Pires, PSD  

“O BE caiu muito, é uma derrota clara. Reflete aquilo que foi a estratégia do PS ao alavancar o voto útil. As sondagens mostravam que o PS e PSD estavam num empate técnico, mas o apelo ao voto útil por parte do PS e o argumento de que a culpa do chumbo do orçamento era da esquerda, proporcionou a maioria absoluta do PS.”
Simão Magalhães, BE 

“Queria dar os parabéns ao Bruno Aragão e à Helga Correia. É bom o concelho ter esta representação na assembleia da república. O PS teve a maioria absoluta, porque assim não haverá desculpas ao longo dos quatro anos. Relativamente ao CDS foi uma derrota grande, por razões internas e pelo aparecimento de novos partidos.”
Pinto Moreira, CDS-PP

“Nós tínhamos o nosso objetivo traçado para o concelho, que era mantermos a terceira força política como nas autárquicas, conseguimos. A nível distrital tínhamos o objetivo de eleger um deputado, conseguimos.  A nível nacional era ter um resultado entre os 7% e 10%, eleger acima de 10 deputados e alcançar a terceira força política e também conseguimos.”
Manuel Almeida, CHEGA

Um mapa cor-de-rosa, a análise por freguesia
“É um facto o PS venceu todas as freguesias exceto a de Loureiro. O resultado das freguesias segue a tendência a nível nacional.”
Vasco Alves, PS 

“Os oliveirenses traduzem o que é a tendência a nível nacional. Obviamente que Loureiro foi a freguesia que manteve, tem um presidente que é eleito pelo Partido Social Democrático, e recentemente tem sido essa a tendência.”
Nuno Pires, PSD 
   
“ Se tivermos de fazer uma leitura, é de reparar que o BE varia entre o terceiro e quarto lugar. A única diferença é a freguesia de Loureiro onde tivemos o pior resultado.”
Simão Magalhães, BE 

“Esta diferença freguesia a freguesia, torna-se cada vez menos importante consoante o nível de eleição que estamos a tratar. Uma pessoa de Cucujães, de Cesar ou de Fajões, olha para o Rui Rio, António Costa ou o André Ventura, com a mesma distância.”
Pinto Moreira, CDS-PP

“Mantivemos na grande maioria das freguesias o mesmo número de votos que obtivemos nas autárquicas.” 
Manuel Almeida, CHEGA 

A visita dos líderes partidários ao concelho teve influência?
“Tudo tem a sua influência, mas na minha opinião é muito mínima. Acho mais importante o trabalho desempenhado pelos líderes locais e do trabalho feito, que isso sim é o que as pessoas valorizam.” 
Vasco Alves, PS 

“90% da importância deve-se exclusivamente à pessoa que se candidata a primeiro-ministro. Por exemplo, os votantes do CHEGA, não sabem que não estão a votar no André Ventura, porque o deputado por Aveiro chama-se Jorge Valsassina.”
Nuno Pires, PSD   

“No caso do BE se a Catarina Martins tivesse vindo ao concelho penso que a influência seria pouca. Como já vimos os votos em Oliveira de Azeméis seguiu a tendência a nível nacional, portanto penso que a influência não seria muita.”  
Simão Magalhães, BE 

“Não é por verem um rosto de um líder partidário, que vão mudar os seus ideais políticos e a sua intenção de voto.”  
Pinto Moreira, CDS-PP

“Podia haver uma pequena influência se André Ventura tivesse vindo a Oliveira de Azeméis, mas nada significativo.”
Manuel Almeida, CHEGA