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Correio de Azeméis

1 Feb 2022

PS renova confiança em Oliveira de Azeméis

Destaques Legislativas 2022 Concelho

> CHEGA E IL CRESCEM, BLOCO DE ESQUERDA e CDS-PP DERRAPAM

À semelhança das últimas legislativas, em 2019, o Partido Socialista (PS) conquistou o município de Oliveira de Azeméis, e afirmou, ainda mais, a sua força, vencendo em 11 das 12 freguesias. Em 2019 tinha conquista nove. Loureiro é a única freguesia oliveirense que manteve o PSD como preferido. Fajões e Carregosa reverteram o cenário e seguiram o rumo nacional e distrital.

 

 

Traduzido em números, este ano o PS reuniu, em Oliveira de Azeméis, 44.9 por cento dos votos, ou seja, 15.786 boletins. Os social democratas mantiveram o segundo lugar, conseguindo 33,7 por cento dos votos, ou seja, 11.870 eleitores. O CHEGA foi a grande novidade da noite, assinalou a maior subida do concelho e afirmou-se, em terras oliveirenses, como a terceira força política, ultrapassando o Bloco de Esquerda (BE) que, em 2019, tinha ocupado o terceiro lugar. O partido de André Ventura conquistou 4.5 por cento dos votos, com 1.574 boletins favoráveis, mais 1390 votos do que na última legislatura. O partido de Catarina Martins registou, assim, uma queda acentuada e reuniu, apenas, 4.4 por cento, com 1.540 boletins, menos de metade do número de 2019, em que tinha arrecadado 10 por cento dos votantes e cerca de 3.500 votos.  
A Iniciativa Liberal (IL) foi a quinta preferência dos oliveirenses e registou a segunda maior subida do concelho, uma vez que conseguiu 1.332 boletins, mais 1.069 do que em 2019.   
CDS-PP, CDU e PAN assinalaram todos descidas, com destaque para o primeiro que perdeu cerca de mil votos – de 1.562 votos em 2019, reuniu, este ano, apenas 657. O CDS passou, assim, da quarta força política em Oliveira de Azeméis para o sexto lugar. CDU surgiu no sétimo lugar e PAN no oitavo. 

Aveiro mantém tendência socialista e CHEGA elege um deputado 

O distrito de Aveiro continua a afirmar o poder socialista que até às eleições legislativas, de 2019 era dos social democratas. Se em 2019, tinha conseguido eleger sete deputados, na noite de domingo conseguiu mais um. O aumento de cerca de 24 mil votos, valeu a Pedro Nuno Santos, cabeça de lista do PS pelo círculo eleitoral de Aveiro, levar mais um aveirense para a Assembleia da República. O Partido Socialista (PS) reuniu 144. 044 votos, 39.5 por cento. 
Já o PSD também aumentou o número de deputados e leva, este ano, sete, uma vez que em 2019 levou apenas seis. O círculo eleitoral encabeçado por António Topa Gomes reuniu 130.192 votos, 35.7 por cento. 
À semelhança de Oliveira de Azeméis, o CHEGA obteve um resultado histórico. Em Aveiro, com 20.546 votos, 5.6 por cento, conquistou um deputado, substituindo o deputado do CDS-PP eleito em 2019, partido que este ano não terá representação no distrito. Já o BE derrapou a pique em Aveiro, uma vez que não elegeu nenhum deputado, e em 2019 tinha elegido dois. Este ano, conseguiu, apenas 16.700 votos, menos de metade dos conseguidos na última legislatura (35.068). 
 Deputados eleitos por Aveiro: 
Partido Socialista (8): Pedro Nuno Santos, Cláudia Santos, Carlos Brandão, Porfírio Carvalho e Silva, Susana Correia, Hugo Oliveira, Joana Pereira, Bruno Aragão; Partido Social Democrata (7): António Topa Gomes, Maria Cardoso, Ricardo Sousa, Helga Correia, Rui Cruz, Carla Madureira, Rui Gomes; CHEGA (1): Jorge Rodrigues; 

Oliveirenses seguem rumo nacional 
O panorama oliveirense seguiu a tendência nacional, em que António Costa gritou vitória numa noite eleitoral que lhe deu a maioria absoluta. CHEGA e Iniciativa Liberal reforçaram-se e destacaram-se como terceira e quarta força política nacional, respetivamente. Assim, o PS elegeu 117 deputados, com 41.68 por cento dos votos, seguindo-se do PSD que elegeu 71 deputados, com 27.8 por cento dos votos. O CHEGA foi o terceiro partido mais votado e conquistou 12 cadeiras na Assembleia da República, com 7.15 por cento dos boletins de voto. A Iniciativa Liberal também cresceu, pelo que o líder, João Cotrim Figueiredo deixa de estar sozinho e passa a reunir um grupo parlamentar de oito deputados, com 4.98 por cento dos votos. Seguem-se CDU e Bloco de Esquerda (BE), com seis e cinco deputados eleitos, respetivamente. PAN e LIVRE elegeram um deputado. O CSD assinalou um resulta histórico, pela negativa, desaparecendo.

 

“Infelizmente o BE perdeu 14 deputados a nível nacional e não elegeu nenhum deputado pelo distrito de Aveiro. Quero felicitar o PS pela sua vitória, mas, também, dizer que o que mais no preocupa é a subida da extrema direita com a eleição de 12 deputados do CHEGA, um deles do distrito de Aveiro. Para nós isto significa um problema. Enquanto partido, o Bloco de Esquerda irá continuar a trabalhar contra quem quer privatizar o país, contra o racismo estrutural, contra a xenofobia e homofobia, que tiveram um grande crescimento neste eleição”.
DIOGO  BARBOSA,  porta voz da concelhia do BE

“Na generalidade, à semelhaça do que aconteceu em todo o país, os resultados foram a baixo do que seria uma expectativa de os conseguirmos melhores. No entanto, como não somos alheios ao contexto e à realidade e uma vez que ela se vai tornando previsível, sabemos que há uma construção do voto (...) A nossa intervenção política não se esgota no espaço de campanha eleitoral, nem sequer no grupo parlamentar”.
VÍTOR JANUÁRIO, CDU (PCP/PEV), candidato por Aveiro

“Fizemos uma grande campanha e percorremos o distrito todo. Ainda assim ficamos a 1.306 votos de eleger um deputado. Tivemos 4.58 por cento, precisávamos de 4.94 por cento, ou seja, não havia muiyo que pudéssemos ter feito para mudar o desfecho. As sondagens que davam empate, ou até vitória da direita, tiveram um papel determinante no apelo ao voto útil no PS. O Bloco de Esquerda vai manter-se vigilantar. O fascismo da extrema-direita não passará! Somos a esquerda de confiança, presente como sempre. A luta começa (mais uma vez) agora!”.
SARA COSTA JANUÁRIO, BE, candidata por Aveiro

“Naturalmente que o resultado do Partido Social Democrata não foi um resultado positivo, nem tão pouco foi ao encontro das nossas expectativas. Em Oliveira de Azeméis aconteceu o mesmo que na generalidade do país, em que o Partido Socialista teve uma vitória esclarecedora e até uma, surpreendente, maioria absoluta. Agora está ultrapassada a questão da governabilidade do país com esta maioria sólida na Assembleia da República. O PS poderá governar durante quatro anos”. 
Nuno Pires, presidente da Concelhia do PSD e candidato por Aveiro

“Seguimos o resultado obtido nas autárquicas (…) Em 2019 ainda ninguém conhecia o CHEGA em Oliveira de Azeméis e poucos conheciam o André Ventura. O excelente resultado que tivemos é o espelho do trabalho que temos vindo a desenvolver (…) um dos grandes objetivos era retirar os deputados do CHEGA e conseguimos”.
Manuel Almeida, presidente da Concelhia do CHEGA e candidato por Aveiro

“No distrito de Aveiro fica um sentimento agridoce porque o Cristiano não foi eleito. Houve votos de proteste no distrito, mas quem lucrou com esse protesto foi o CHEGA (…) Apesar disso, a IL teve um crescimento enorme em Oliveira de Azeméis, multiplicou várias vezes o voto. No centro do concelho foi uma votação bastante expressiva e ficamos muito satisfeito com este crescimento”.
Ricardo Campelo  de Magalhães,  candidato por Aveiro 

“O CDS foi um perdedor (…) É hora do partido se reabilitar, fazer uma reflexão interna no seu congresso, para depois perceber qual o caminho para colocar novamente o CDS no trilho daquilo que sempre foi o fundador da democracia em Portugal”. 
António Pinto Moreira, presidente da Concelhia do CDS e candidato por Aveiro
 


 


 

 

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