Agregação criou "coleções de freguesias"

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Recentemente, o Governo propôs-se a uma lei para repor algumas freguesias que foram agregadas, em 2013, sob imposição da Troika. No programa ‘Politicamente Correto’ da Azeméis FM/TV, os representantes dos principais partidos em Oliveira de Azeméis consideram que o calendário é errado, uma vez que se iniciam os preparos para a próxima campanha eleitoral das autárquicas. Pinto Moreira (CDS-PP) entende que não houve tempo, em 2013, para discutir a reorganização de freguesias que “nunca chegam a ser uniões”, mas sim “coleções de freguesias”, e acredita que agora se está a cometer o mesmo erro. “Vai colocar em causa todo o processo autárquico na preparação de um plano de candidatura para as freguesias”, sem se saber o respetivo mapa, referiu. “Existe uma agregação de identidade e cultura que não é posta abaixo por decreto”, disse. E, apesar de admitir que é necessário perceber, do ponto de vista financeiro e económico, “o que resulta para as freguesias, se a agregação ou desagregação”, afirmou que “é um assunto que tem de ser discutido ouvindo as populações” e não entende a imposição agora feita, “em tempo recorde”, pelo Governo do PS. Nuno Pires (PSD) ressalvou que “o calendário é errado”, dado que uma alteração no mapa das freguesias resultará numa alteração da estratégia no plano de candidatura, nas eleições autárquicas, a realizar em outubro de 2021, e que se trata de “um processo eleitoralista” por parte do PS, para “colher alguma simpatia das pessoas que ficaram menos contentes com este processo”. Ainda que acredite que para as freguesias mais pequenas a agragação não foi negativa, porque de outra forma não veriam certas obras nas suas terras, admite que possam querer desagregar-se “pela questão de identidade e cultural” e que, para existir dados concretos, “importa saber as opiniões das populações”, algo que não está a acontecer. “A proposta imposta pela Troika ia mais além para o mapa de municípios, mas o governo do PS e CDS decidiu ficar-se só pelas freguesias”, disse, referindo que o PS teve tempo para iniciar esta discussão antecipadamente. João Costa (PS) não quis pronunciar-se quanto ao momento em que surge esta discussão por considerar que ainda não estão explícitos todos os critérios do dossiê entregue, pelo Governo, quanto a esta reorganização do mapa de freguesias. Segundo o socialista, “em teoria”, a agregação é uma mais valia para as freguesias mais rurais, porque permite-lhes estar mais próximas de um poder para expor os problemas. “Não me importa se as freguesias estão agregadas ou desagregadas, importa-me a gestão que consiga responder aos problemas das pessoas de forma eficaz”, salvaguardou, elucidando que a avaliação e decisão “não deve prender-se com questões emocionais, mas sim racionais”, de forma a perceber quais são os ganhos para as pessoas, seja a “desagregar ou até agregar mais freguesias”. O representante do PS concluiu que a discussão “não pode acontecer à revelia das pessoas e muito menos dos autarcas”.

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