4 Apr 2022
Jorge Melo Pereira *
O CDS-PP ainda se encontra vivo, ao contrário dos vaticínios dos últimos tempos. Pelo menos foi essa a perceção do último congresso, realizado nos dias 2 e 3 de abril em Guimarães.
A urgência do momento que o CDS atravessa, convocou os seus militantes a projetar o futuro e a mobilizar todo o partido para superar a dura realidade que o último ato eleitoral nos mostrou.
Três momentos se podem considerar pontos altos do Congresso, o discurso de Francisco Rodrigues dos Santos, o Presidente legitimamente eleito no congresso de Aveiro, o qual fez a sua despedida enquanto líder, que tinha como difícil missão, tirar o partido da falência, saber partilhar o espaço da direita com o surgimento de 2 novos partidos, fazer as pazes com o eleitorado que castigou o CDS, por ter feito parte das medidas impopulares, mas inevitáveis da governação de salvação nacional (PAF). O que não contava, era o ambiente hostil de quem não soube aceitar a sua vitória em congresso. FRS, dando o exemplo, não fará aos outros o que lhe fizeram a ele próprio.
O segundo ponto alto, foi a intervenção do ex. Presidente do partido, Dr. Manuel Monteiro, com uma visão do agora e para o futuro, um discurso de um líder nato com a experiência adquirida enquanto jovem presidente do partido, falando para os portugueses, afiançando que a oposição ao PS, será feita fora do parlamento pelo CDS, disponibilizou-se para ajudar o novo presidente a alavancar o CDS, dando-lhe apoio, mesmo sabendo que na sua equipa, estão aqueles que mais o criticaram.
Terceiro ponto alto, Nuno Melo foi eleito com 75% dos votos dos congressistas, encontrando-se assim o novo líder do partido, fundador da democracia em Portugal, após a revolução de 25 de Abril. Por este mesmo facto, o CDS continua a fazer falta a Portugal e só com um CDS mais forte, poderá continuar a lutar por Portugal. Nuno Melo apela à união do partido, pois só assim os portugueses reaprenderão a gostar e acreditar no CDS.
* Vice-Presidente da comissão política Concelhia do CDS-PP