Construir o futuro

Dando continuidade às reflexões sobre o conteúdo do livro de Noreena Hertz (O Século da Solidão, Temas e Debates de Maio de 2021) a autora termina-o apresentando algumas “medidas ousadas” que arrisco partilhar para 2023, por todos designado como o Ano Novo.
Desde um imposto sobre os robots (para abrandar a velocidade de substituição da mão de obra), ao incentivo no investimento energias renováveis, incluindo a reabilitação energética dos edifícios públicos e uma rápida instalação duma ampla rede de postos de abastecimento para veículos eléctricos.
Para reforçar os relacionamentos inter-geracionais e inter-grupos sugere-se a ampliação da rede de bibliotecas e auditórios com a consequente promoção de eventos culturais, clubes de reflexão, bem como o apoio à criação de grupos profissionais destinados a intervir junto das populações mais frágeis: aulas de arte, sessões de exercício físico, acções de sensibilização sobre protecção civil, primeiros socorros e apoio psicológico.
No livro são, igualmente, apresentados exemplos de desafios que estão a ser realizados em vários Países no sentido de reforçar a Democracia, de forma a incentivar a participação dos cidadãos em fóruns de debate e troca de ideias que são, posteriormente, analisadas e discutidas pelos decisores políticos.
São mecanismos que aumentam o grau de aproximação entre os cidadãos e os decisores e também entre os cidadãos de diferentes quadrantes, reduzindo os extremismos, uma vez se melhora significativamente a disponibilidade para escutar “o outro”.
O serviço comunitário obrigatório e outras actividades que implicam actividades em grupo, são exemplos do que está a ser feito para reduzir o isolamento a que as tecnologias nos têm vindo a conduzir.

* Presidente da Mesa do Plenário  concelhio do CDS