Helena Terra - Os dados estão lançados
Helena Terra
Helena Terra *
Os principais candidatos à Câmara Municipal de Oliveira de Azeméis já são conhecidos. Num dos casos, o PS, embora ainda não haja assunção oficial conhecida, o candidato será Joaquim Jorge Ferreira e, pela coligação PSD/CDS-PP, Carla Rodrigues.
Ambos os candidatos têm já experiência autárquica. Joaquim Jorge Ferreira, o atual presidente de Câmara e Carla Rodrigues, atual vereadora na oposição. Temos seis meses de campanha pela frente até às eleições. Será uma campanha atípica, como nunca se viu. Sempre tem maior facilidade quem está no poder, mas nestas circunstâncias, mais ainda. Quem é poder, daqui até às eleições, estará sempre, mais ou menos, em campanha. Quando visita instituições, quando visita obras em curso, quando inaugura obra, quando preside a qualquer ato público está, naturalmente, em campanha. Um qualquer vereador, mormente da oposição, ainda que o acompanhe está presente, mas sem voz.
A campanha não poderá fazer-se dos tradicionais atos ou acontecimentos que mobilizam massas e que criam o entusiasmo próprio e indispensável para a mobilização dos eleitores.
Há alguns especialistas que defendem que esta campanha se fará, sobretudo, nas variadas redes sociais e terão a sua razão. Uma campanha deste tipo poderá ter alguma eficácia e penetração nos eleitorados ditos urbanos, mas num concelho como o de Oliveira de Azeméis, a sua eficácia é duvidosa. Nas mais vistas e visitadas redes sociais, com facilidade, atos de esclarecimento eleitoral, de debate ou de pura e dura propaganda política facilmente passariam despercebidos no meio de tantas vendas online, de tudo e de mais alguma coisa e de diretos de vendas de comerciantes, formais e informais que, diariamente, entopem esses canais. Mas ambas as candidaturas têm ainda alguns problemas importantes para resolver. As candidaturas à Assembleia Municipal são de extrema importância, desde logo porque a realidade do voto dos presidentes das juntas de freguesia pode, em algumas circunstâncias, aprisionar um executivo municipal.
Também, quanto à Assembleia Municipal, se do lado do PS se adivinha a recandidatura da atual presidente Helena Santos, do lado da coligação PSD/CDS-PP, não se antevê candidato(a).
Ambas as candidaturas têm problemas complicados para resolver nas candidaturas a algumas juntas de freguesia e Uniões de freguesia. Em relação a estas adivinham-se alguns constrangimentos e surpresas para ambos os lados. Sítios há onde, quer para o PS, quer para a coligação, será muito difícil apresentar candidaturas para disputar o resultado. Na coligação, por questiúnculas internas entre atuais e anteriores candidatos e por necessidades de afirmação de alguns individualismos que, facilmente acabarão apenas nisso e só. No PS, por dificuldade de afirmação como um partido de poder autárquico e por falta do crescimento que o exercício do poder, normalmente, potencia.
* advogada
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