Mudança de paradigma

Helena Terra

Helena Terra *

Vivemos tempos sombrios. Foi o covid, é a varíola dos macacos, a invasão da Ucrânia pela Rússia e as consequências que isto terá no futuro da europa…
Em Portugal, temos a ideia que o covid será banalizado pela necessária convivência que com ele temos que estabelecer.
Quanto à varíola dos macacos, achamos que é uma “epidemia” de grupos próprios e que, além disso, a grande maioria de nós está, desde pequeno vacinado contra a doença, porque a vacina fez parte, durante vários anos, do plano nacional de vacinação.
Além disso, dizem-nos que a economia cresce e aumentamos a esperança com a chamada bazuca, o dito P.R.R. Entretanto, o preço dos combustíveis não pára de crescer e a inflação galopa mês após mês.
Na Europa já se teme uma crise alimentar e nós, por cá, temos terreno fértil que, depois dos anos oitenta, foi sendo abandonado por variadíssimos motivos, um dos quais o baixo valor que sempre foi dado a quem trabalhou no setor primário, do qual dependemos para sobreviver.
No sector industrial temos que passar do “made in Portugal” para o “created in Portugal” porque, com aqueles que apenas fazem, jamais poderemos competir, porque esses têm custos de produção em geral mais baratos que os nossos. Por isso, temos que acrescentar valor porque temos boas universidades e massa cinzenta, assim os saibamos aproveitar.
Não é mais possível manter a política dos baixos salários em geral e os quadros superiores têm que sentir recompensado o seu esforço e o investimento feito pelas suas famílias na sua formação ao ingressar no mercado de trabalho. Senão, temos a pior de todas as consequências, suportamos os custos públicos da formação das nossas mais novas gerações e, depois vemo-los partir, sem lhes dar a oportunidade de, pelo seu trabalho, reembolsar o país que os formou.
Os nossos serviços têm que ser mais valorizados a vários níveis, começando pelos nossos serviços públicos. Por regra, os servidores do Estado, na sua maioria são pessoas com mais de quarenta anos. Alguns deles, sem grande formação escolar ou académica e, além disso, com inúmeros” vícios” emergentes de um tempo em que os servidos os “veneravam” e hoje, raramente os respeitam. Quanto aos serviços privados, é forçoso que, cada um deles seja valorizado, mantendo-se “cada macaco no seu galho” e “não indo o sapateiro além da chinela”, além de que, os beneficiários destes serviços, falo dos privados, percebem que quem os presta tem nisso o seu negócio e a sua forma de vida; que, como em qualquer outro negócio suportam custos de produção e funcionamento e que, cada vez que ocupamos o seu tempo, eles estão a prestar um serviço.
Ou, em conjunto, percebemos isto ou mal andaremos e quem mal anda mal acaba!
 * Advogada

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