Novas lideranças

Helena Terra

Helena Terra *

Contados que foram os votos das últimas eleições legislativas, vários foram os factos que resultaram demonstrados.
O primeiro deles é o de que as sondagens e mais as sondagens atualizadas dia-a-dia erraram e, por isso levaram a uma menor abstenção. Sendo que, além disso, influenciaram os resultados e, estou certa que houve muito voto útil para evitar a possibilidade de podermos, de novo, ir a eleições decorridos que fossem 6 meses. Nessa circunstância os portugueses foram ás urnas e demonstraram, com clareza, o que preferiam.

Um dos lideres partidários, Rui Rio, tinha ido a eleições internas há pouco e, entre os militantes, foi o preferido, mas no país não teve a mesma capacidade. A campanha, à partida não se assemelhava fácil, desde logo, por causa das lutas e divisões internas saídas do último congresso. Todavia, o PSD tem uma característica de longa data – quando há um ato eleitoral, toca a reunir e estão lá todos, mesmo aqueles que já abandonaram o partido e criaram um partido novo. Disso, Rui Rio não se pode queixar. Tenho alguma simpatia por Rui Rio, mas acho que ele não foi talhado para liderar um partido como o PSD, mormente quando tinha que ser ele a assumir as despesas da oposição ao governo que agora cessou funções.
Francisco Rodrigues dos Santos adiou um congresso, com o argumento de que o líder saído desse congresso não teria condições para preparar as eleições conduzindo o partido a um bom resultado. Todavia, foi a realidade e os portugueses que demonstraram a Francisco Rodrigues dos Santos que quem não estava preparado era ele que, assim, se tornou o responsável pelo facto de um dos partidos fundadores da democracia ter ficado fora do parlamento.
O PCP, que necessitará de um novo líder, por motivos óbvios de idade e saúde de Jerónimo de Sousa, treinou na campanha dois potenciais candidatos à substituição do atual líder, João Oliveira e João Ferreira, mas quis o destino, ou melhor, os eleitores que nenhum deles fosse eleito deputado, sendo certo que João Oliveira era o atual líder parlamentar.
O BE foi o mais penalizado pelos eleitores pelo chumbo do orçamento de estado e a consequente realização de eleições antecipadas. Catarina Martins não se vai segurar na liderança do partido. Nem a sua capacidade dramática, que lhe permite criar personagens com as quais não se identifica, lhe valerá. Se o partido fosse a branca de Neve, e os sete anões, diria que o Dengoso pode ser substituído pelo Zangado e, quem sabe, se não terá que vir o Mestre, porque o príncipe é certo que não virá.
Foi uma campanha eleitoral em que ninguém questionou nenhum dos até aqui citados lideres.
Quanto a António Costa, durante toda a campanha foi perseguido pela comunicação social com o “vem aí o Pedro Nuno Santos”. Não se verificou a profecia e o que vai acontecer é que amarrando todos “os jovens turcos” no governo. António Costa está estará de pedra e cal, durante quase 5 anos.
 * advogada
 

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