Partidos querem reforço de medidas Covid-19
Concelho
Oliveira de Azeméis já foi um concelho de risco ‘extremamente elevado’ no que respeita ao número de casos de Covid-19 e os partidos políticos com representação na Assembleia Municipal (CDS-PP, PS e PSD) debateram as causas e possíveis soluções para colmatar a pandemia.
O presidente da concelhia do CDS, Pinto Moreira, voltou a enfatizar que “não houve cuidado no regresso às aulas”, tal como já tinha sido discutido num outro programa ‘Politicamente Correto’, da Azeméis FM/TV. “Do nosso ponto de vista, a saúde não é um gasto, mas sim um investimento”, declarou. “Devia ter havido a preocupação em fazer testes o mais alargados possíveis para o recomeço das aulas”, realçou, considerando que essa medida poderia ter “travado uma grande quantidade” de infeções. Lamentando a resposta “mercantilista” do presidente da Câmara Municipal, Joaquim Jorge, em que a testagem seria “desbaratar dinheiro”, Pinto Moreira afirmou que “não há um coordenador da Proteção Civil”. “A nível institucional, não estamos preparados”, rematou.
Bruno Aragão (PS) recordou que a pandemia “não é municipal, não é nacional, nem europeia”, mas sim “um cenário mundial” e que o executivo municipal está “a fazer tudo o que é possível” para travar os efeitos da Covid-19. “A gestão de uma pandemia não se faz isoladamente, mas sim num quadro institucional”, alertou o socialista, perante o comentário de Pinto Moreira. “Não nos podemos esquecer de que, em Oliveira de Azeméis, o responsável máximo da Proteção Civil é o presidente da Câmara, para o bem e para o mal. Desde o início que o Concelho Municipal de Proteção Civil reúne vários atores que trabalham em conjunto”, apontou.
O PSD também referiu que tem mostrado “uma total disponibilidade de colaboração” com o executivo desde o primeiro momento, mas tem recebido um “bloqueio”, considerou a vereadora Carla Rodrigues, constatando que Joaquim Jorge “não quer gastar dinheiro”. “Exemplo disso é a conta solidária. No entanto, devia alocar recursos próprios da autarquia para a prevenção desta pandemia. Há aqui uma obsessão pela gestão das contas da Câmara, sem perceber que não vai conseguir passar por esta pandemia sem alocar recursos”, descreveu.
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