30 Nov 2021
Eduardo Costa*
Não há mão-de-obra para algumas profissões. Construção e hotelaria, por exemplo. E não só! Há ainda muito desemprego, mas muitos trabalhadores desempregados não querem essas profissões. Estão no seu direito. Esta realidade obriga a medidas que resolvam o problema. Mão-de-obra estrangeira surge sempre como uma solução.
Acontece que, para uma empresa que queira contratar um trabalhador estrangeiro, as dificuldades burocráticas são um calvário. Há casos com mais de um ano a aguardar uma resposta. Ora, uma empresa quando precisa de trabalhadores é para o imediato. Não dispõe de tempo para esperar pela burocracia.
O problema agudizou-se na retoma da economia, no decurso da pandemia. Muitos trabalhadores foram dispensados. Muitos não querem regressar ao mesmo trabalho. Ou não querem mudar de ramo.
Por uma razão ou outra, há setores que não estão a conseguir retomar a atividade por falta de trabalhadores. Contratar trabalhadores estrangeiros, à falta de nacionais, tem que ser uma prática. Há que facilitar e desburocratizar a contratação de estrangeiros, sempre que não haja trabalhadores nacionais. O país não pode parar. Precisamos de ajudar as empresas a produzir. Sem empresas saudáveis não há saúde na economia. A do país e a dos bolsos de cada um.
* jornalista, presidente da
Associação Nacional da Imprensa Regional