PSD questiona condições do Pavilhão Municipal

O mês de abril significa a abertura dos restantes níveis de ensino no país. Neste sentido, os vereadores do PSD da Câmara Municipal mostram-se preocupados com os transportes dos alunos e com as aulas de Educação Física dos estudantes da Escola Secundária Soares Basto, uma vez que o pavilhão do estabelecimento de ensino está, neste momento, a servir de Centro de Vacinação Covid-19. Marta Cabral “Quem é que assegura o transporte dos alunos até ao Pavilhão Municipal? O seguro escolar continua a funcionar?”, interpelou a vereadora do PSD Carla Rodrigues na última reunião de Câmara pública. “Na Soares Basto, há turmas de Desporto que terão mais necessidade das aulas de Educação Física”, apontou. O presidente da Câmara Municipal garantiu que os transportes escolares no concelho estão assegurados para o regresso das aulas presenciais, mas somente até à escola, uma vez considera que os alunos podem deslocar-se até ao Pavilhão Municipal a pé, “dada a proximidade das instalações a menos de 100 metros”. “As crianças terão seguro escolar”, assegurou Joaquim Jorge. “O Pavilhão Municipal está disponível durante o dia. No final do dia, é utilizado por associações desportivas para treino e competição”, acrescentou. De seguida, o vereador do PSD Ricardo Tavares questionou o executivo municipal sobre as condições atuais do Pavilhão Municipal. “O presidente já tinha dito que havia problemas no piso. Se os atletas de futsal não podem jogar lá, certamente que os alunos também não poderão ter aulas”, comparou. O edil oliveirense argumentou que aquele problema já existe desde a conceção do Pavilhão Municipal e que, suspeitando-se que o levantamento do piso é causado por infiltrações, os serviços da Câmara instalaram um dreno na tentativa de resolver a situação. “Se não resolver, chamamos uma empresa especializada. Não é fácil perceber por onde entra a água”, comentou Joaquim Jorge. O vereador com o pelouro do Desporto também interveio neste ponto. “Estive na [passada] quarta-feira com uma empresa especializada e o diagnóstico da mesma é que o piso tem fragilidades de execução”, afirmou Hélder Simões. “Vão apresentar propostas para que dure, pelo menos, mais 15 anos. O dreno dissipou parte do problema, mas existem outros”, declarou.   Escola EB Dr. Ferreira da Silva pronta em maio A reabilitação da Escola EB 2,3 Dr. Ferreira da Silva, em Cucujães, está na fase final de concretização e o executivo municipal acredita que os prazos de conclusão da empreitada serão respeitados, devendo estar concluída em maio. O presidente da Câmara Municipal, Joaquim Jorge, também anunciou que a requalificação da Escola Básica Bento Carqueja arranca no dia 05 de abril. 280 mil euros para oito clubes do concelho A Câmara Municipal vai assinar contratos-programa de desenvolvimento desportivo com oito clubes do concelho para a melhoria das instalações desportivas. Os clubes contemplados são o Grupo Desportivo de Fajões (149,432 euros para a instalação de relvado sintético), a União Desportiva e Recreativa de Teamonde (cinco mil euros), o Bike Clube de Portugal (cinco mil euros), o Futebol Clube Pinheirense (cinco mil euros), a Escola Livre de Azeméis (25 mil euros), a União Desportiva Oliveirense (55 mil euros), a Juventude Desportiva Carregosense (cinco mil euros) e o Futebol Clube Macieirense (30,850 euros). No total, o apoio financeiro às coletividades beneficiárias ascende a 280 mil euros. Concurso para a Zona Industrial de Oliveira de Azeméis ficou deserto No início deste mês, foi anunciado o concurso público para a requalificação da Zona Industrial de Oliveira de Azeméis em Diário da República, mas acabou por ficar deserto. O vereador do PSD Ricardo Tavares relembrou o problema das passadeiras pouco visíveis, nomeadamente em frente à Simoldes Plásticos, onde existe o sério risco de atropelamento. “A pintura das passadeiras pela autarquia é feita a frio e essa não é a melhor solução. Mas, não tendo havido concorrentes no concurso público, iremos pintar provisoriamente”, afirmou Joaquim Jorge.   Sugerida criação de grupo de trabalho para lutar pela Linha do Vouga A Linha do Vale do Vouga continua a ser discutida nas reuniões de Câmara públicas e, na última sessão, os vereadores da oposição sugeriram a criação de um grupo de trabalho para que esta situação seja acompanhada permanentemente. “Os investimentos ainda não saíram do papel”, lamentou a social-democrata Carla Rodrigues. “Já o estamos a fazer”, afirmou o presidente da Câmara Municipal, Joaquim Jorge. “É o resultado desse trabalho que permite que esta linha esteja na agenda política no Plano Nacional de Investimentos. Precisa de 100 milhões de euros para a ligação até Espinho”, respondeu, acrescentando que a sugestão do PSD não lhe parece “oportuna”, uma vez que os presidentes dos concelhos vizinhos estão envolvidos. Joaquim Jorge argumentou que há “um conhecimento profundo” dos presidentes de Câmara envolvidos no processo e que a constituição de um grupo específico só faria sentido se se tratassem de pessoas “profundamente” especializadas. “O vosso pedido de requerimento será respondido e respeitaremos a opinião divergente, mas o atraso da implementação da Linha do Vouga é um atraso de décadas e não de meses”, observou o edil oliveirense. Autarquia apresentou projetos ao Plano de Recuperação e Resiliência A vereadora do PSD Carla Rodrigues interpelou o executivo municipal sobre as propostas apresentadas pelo município para o Plano de Recuperação e Resiliência (PRR) nacional, cujo prazo terminou no início deste mês. “Não vimos nada de concreto para Oliveira de Azeméis”, afirmou. Joaquim Jorge assegurou que foram apresentadas “dezenas de milhões de euros de projetos” ao PRR. “A ligação da A32 à EN224, o acesso à Área de Acolhimento Empresarial de Loureiro, a ligação à variante de Chão d’Ave em Carregosa e a dimensão da água e do saneamento”, exemplificou o edil. “Não será por falta de projetos que Oliveira de Azeméis não será contemplada com as verbas”, garantiu.