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Correio de Azeméis

14 Mar 2022

Trabalhar Para Mudar

Bloco de Esquerda

Diogo Barbosa *

Em primeiro lugar, a guerra não deve ser aceite em qualquer território. Ao assistir a todas as condenações feitas à Rússia de Vladimir Putin, o meu pensamento transporta-se para outras guerras que nunca deveriam ter existido e que o foram por uma questão imperialista do Ocidente. Quero neste artigo recordar duas guerras injustas, nas quais Portugal também participou ao lado dos seus aliados ocidentais. Falo do Afeganistão e do Iraque. 

A chamada “guerra ao terror” dos Estados Unidos contra os Talibã e a Al Qaeda foi uma guerra imperialista com o objetivo de derrubar o seu regime e instituir uma democracia de tipo ocidental. Não concordando de todo com um regime extremista religioso, a verdade é que este só existiu através do apoio que obteve por parte dos Estados Unidos em armamento e treino militar, com o objetivo de retirar a União Soviética do território afegão. É neste caso bem patente a guerra entre imperialismos. Agora, mais de 20 anos após a invasão ao Afeganistão, o que se deixou foi um rasto de destruição e um povo abandonado de novo às mãos dos Talibã que só vão piorar cada vez mais as condições de vida do seu povo, devido ao seu fervor extremista religioso.
Também a invasão do Iraque, com o aval português através da Cimeira das Lajes, foi uma guerra injusta, atrás de armamento nuclear que nunca existiu. Afinal, a única coisa que os Estados Unidos queriam era o petróleo iraquiano e, para isso poder acontecer, foi “necessário” derrubar o regime de Saddam Hussein. Tudo isto aconteceu e poucos foram os setores da sociedade que se mobilizaram contra estas guerras, pois consideraram-nas legítimas. 
Estas guerras foram ilegítimas, como é ilegítima agora a invasão da Ucrânia por parte de Vladimir Putin. Ao ver nas linhas deste jornal, até com um tom jocoso, criticar quem defende a saída de Portugal de NATO, quero apenas dizer que a NATO não é uma força de manutenção da paz. A NATO é uma máquina de guerra e quem defende a paz não pode defender a NATO.
 * Porta voz dacomissão política  Concelhia do BE

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