16 May 2022
Eduardo Costa *
A Ucrânia ganhou o festival da Eurovisão. Esta edição do popular festival foi, em muito ou em tudo, uma manifestação de solidariedade para com o povo ucraniano. Foi o voto popular que deu a vitória a “Stefania”. Foi por certo (mais) uma forma que os europeus encontraram para se manifestarem contra a invasão russa da Ucrânia.
Os portugueses, através do voto popular, fazem parte da lista de países que deram a votação máxima aos ucranianos.
O célebre festival, que ultrapassa as fronteiras da União Europeia, pois nele participam os países do continente europeu, deverá realizar-se no próximo ano na Ucrânia. Numa “Ucrânia russa”, ou numa “Ucrânia ucraniana”. Ou no palco de uma guerra que pode durar muito tempo.
A quase unanimidade do povo europeu que condena a agressão russa, continua a não perder as oportunidades de mostrar a sua solidariedade. Isto tem condicionado (orientado…) as decisões dos governantes. São cautelosos em tornar públicas decisões que respondam à manifestada vontade dos cidadãos.
“O poder da voz é, as mais das vezes, superior à voz do Poder”. Este é, sem dúvida, um destes casos. Foram os milhões de cidadãos que se manifestaram por toda a Europa, sem hesitação, que conduziram às decisões duras para com Moscovo, decididas pelos países que constituem a União Europeia.
A voz dos cidadãos foi respeitada. A Europa deu, assim, uma demonstração de respeito pelos valores democráticos em que assenta a nossa cultura.
A voz dos cidadãos fez-se, mais uma vez, ouvir no apoio à banda ucraniana, ‘Kalush Orqhestra’, neste festival da ‘Eurovisão’.
* JORNALISTA, presidente da
Associação Nacional da Imprensa Regional